O nome “guarda-corpo” define bem a função deste tipo de instalação. E o instalador deve se conscientizar da responsabilidade que está assumindo em proteger ou guardar os “corpos de pessoas” do risco de quedas traumáticas. Por desinformação ou mesmo por desleixo inconsequente, alguns instaladores não obedecem às normas, não dando devida atenção à distância correta dos vãos ou, fato mais comum, utilizando vidros comuns ou temperados nas instalações desse item em instalações acima do primeiro piso. Seguem, então algumas dicas práticas:
A norma da ABNT que regulamenta a instalação de guarda-corpos é a NBR 14718. Ela acabou de passar por consulta pública e sua nova versão deve ser publicada em breve.
Pela norma, em guarda-corpos somente podem ser utilizados vidros aramados, laminados ou duplos que contenham um desses dois vidros em sua composição.
Proteções instaladas em alturas inferiores a um metro podem receber vidros temperados se não foram denominados ou descritos como guarda-corpos.
É proibida a utilização de guarda-corpos com travessas horizontais “tipo escadinha” que permita a escalada de crianças
A altura do guarda-corpo a partir dos pés dos usuários passa a ser, com a nova norma, de 1,10 m, que é a altura exigida pela maioria das corporações de bombeiros.Essa altura mínima é medida a partir de onde a pessoa estiver estacionada. Portanto, se na base do guarda-corpo houver uma mureta com mais de 10 cm para apoio dos pés, a medida de 1,10 m deve ser contada a partir dessa mureta.
existe uma grande variedade de técnicas e opções, como instalação de parabolts ou também fixação química.
Pode ser feita através de montantes e pontaletes, também conhecidos como colunas, balaústres ou torre e inclui o corrimão. Neste caso a responsabilidade estrutural fica a cargo do material escolhido para servir de montante: seja madeira, aço, alumínio ou outros.
nesses casos é necessário a utilização de laminados de temperados.
A norma estabelece como deve ser feito o cálculo da espessura dos vidros, conforme as isopletas de ventos de cada localidade e determina métodos de ensaio para que todo o conjunto seja testado, incluindo painéis de vidro, parafusos, parabolts, torres, colunas etc.
Quando se faz um vidro laminado o fabricante pode não se atentar para a necessidade de alinhar os furos, deixando uma espécie de degrau justamente no ponto que deverá entrar em contato com o parafuso. Esse é um ponto vulnerável. Veja na imagem que o parafuso toca só em um, dos dois vidros laminados, desequilibrando a carga total, portanto: É importante que os furos estejam o mais alinhado possível para evitar quebras na borda interna do vidro.
No exterior existem muitos estudos sobre a tensão superficial nos furos, as universidades de diversos países têm trabalhado muito nisso para complemento das normas técnicas que falam quase nada sobre as questões de furos. Alguns deles, entretanto, apontam que essas tensões superficiais dos furos podem ser diminuídas se tiver todo furo preenchido.
Uma questão frequente nas escadas de vidro acontece quando é sempre posto o primeiro vidro inferior e o instalador vai subindo nas instalações, com cada vidro apoiando no vidro abaixo. Normalmente vai apoiando pontualmente no primeiro vidro. Por isso existe uma frequência imensa de quebra nas instalações nos vidros inferiores.
Uma dica para a montagem de guarda-corpo de escadas é fazer a montagem toda utilizando-se moldes de madeira. Corrigir as falhas e igualar os vãos e, somente depois, passar os moldes para a temperadora e laminadora produzir.
para os sistemas nos quais o vidro é apoiado somente na parte de baixo existe a recomendação especial de que o vidro laminado seja produzido com intercalador (ou interlayer) estrutural.
Como é possível perceber, existem diversos detalhes importantes que devem ser observados na produção desse item de segurança. Portanto é importante que você tenha confiança na empresa em que vai produzir o vidro laminado ou o temperado de laminado.